"Para a realização desta sequência de posts, foram necessários mais de 1.000.000 de litros de cerveja, cinco mil litros de chuva, mais de 800 km de estrada e pouco menos de 10m² pra dormir. Foi-se contabilizado o trabalho de 1 aluno de intercâmbio como guia, 2 motoristas, 2 co-pilotos, 53 escravos tahitianos e um peixinho dourado."
Esse fim de semana fomos pra Ocktoberfest. Em Munique, Alemanha. Como não somos bestas, fomos cotar preço de viagem em todos os meios de transporte existentes, fosse avião, trem ou qualquer outro, nos mais diferentes trajetos disponíveis, pra chegar com o mínimo de gasto. Descobrimos que o melhor jeito era fazer um trecho de avião, até Strasbourg, e de lá dar um jeito. Uma parte de nós foi de trem na sexta e a outra nos alcançaria sábado cedo de avião.
Do fato de que ficaríamos uma noite em Strasbourg vinha um outro problema, o de onde passar a noite de sexta para sábado. Isso ficou resolvido pela nossa querida Aline que conhecia o gente finíssima Wilson que está fazendo intercâmbio lá. Além de acolher nós 6 em seu quarto de 10m² - uma verdadeira contra-prova ao fato de que 2 corpos não ocupam o mesmo espaço - ele nos mostrou a cidade e nos levou nos principais pontos turísticos. Fomos no Parlamento Europeu, na "Petit France" ( que é mais um pedaço da Alemanha, mas okay) e numa das igrejas mais bonitas que já vi na vida, era ENORME, mesmo pros padrões do que tenho visto por aqui!
Além disso, vimos o Pôr-do-Sol na fronteira França/Alemanha, numa ponte estaiada. Foi um momento único, pra nos fazer lembrar outra vez o quanto perdemos totalmente a dimensão do mundo por aqui.
Voltamos pra Strasbourg e fomos num barzinho onde fomos meio mal atendidos, demoraram 1 hora pra nos dar uma mesa que estávamos vendo desde que entramos. Enfim, resolvido o perrengue do pernoite em 6, esperamos o pessoal que chegava dar notícias no dia seguinte.
Sábado cedo, já todos os 8 juntos, fomos para Kehl, a cidade da Alemanha que faz fronteira com a França naquela região. Pegamos os carros que tínhamos alugado pela internet - aaah, o mundo moderno! - no meu caso, uma BMW que chegando lá era um GOLF. Um tanto decepcionante, mas carro é carro, e fomos embora seguir viagem. Caso não tenha ficado explícito, o trajeto implica em pegar as AUTOBANS e dirigir à velocidade ilimitada.
[Início da digressão sobre carros e autovias ]
Nesse ponto, na verdade não é tãao diferente quanto a gente pensaria. Pra começar, as estradas são tão boas quanto as de São Paulo, sem tirar nem pôr. A sinalização é bizarra, e tudo estava em reforma, fora os congestionamentos que pegamos (porque eles tinham a idéia genial de reduzir para apenas uma faixa uma pista com 3 vias de carros a pelo menos 120 km/h). Não tem pistas infinitas, não tem só carrões. Claro que eles existem - fomos ultrapassados por uma Ferrari vermelha e um Lamborghini, mas parou por aí.
Outra coisa que descobrimos na viagem foi que, em alemão, U com ou sem trema tem uma diferença imensa. Começamos a viagem colocando a cidade de Fussen no GPS, e quase perdemos 150km por não ter digitado a grafia correta, Füssen. Descobrimos também que eles usam a letra beta grega, e que ela vale por 2 "esses". Vai entender.
[Fim da digressão sobre carros e autovias.]
O itinerário era simples: iríamos passar "só" no castelo mais conhecido do mundo, e seguiríamos para Munique.
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