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A Epopéia da Toussaint - Luxemburgo


E depois de muito tempo em aulas cansativas e puxadas (não tanto na verdade, mas vale sempre fazer drama), as tão esperadas férias da Toussaint(Todos os Santos, ou Finados) chegaram, e fizemos uma deliciosa viagem pelo BENELUX. Que, aliás, eu tive que explicar pra todos os franceses da École que é Bélgica, Holanda e Luxemburgo.

Finalmente o post final e definitivo contando sobre como terminamos a viagem.

Aqui passamos só 1 dia. Na verdade, deu isso só porque perdemos o trem, era pra ser menos. Chegamos a tarde, corremos como nunca para ver a cidade, que é “multiestratificada”, por assim dizer. Ela é dividida em diversos planos, é engraçado andar por lá. Luxemburgo além disso é um cuzinho, acabou que a gente andou quase tudo!

Uma curiosidade sobre Luxemburgo é a existência de uma comunidade lusófona forte, ou seja, a chance de você encontrar um brasileiro é gigante. Logo que chegamos perguntaram pra gente de onde a gente era no ônibus. Fora isso, é um ótimo lugar pra treinar o francês ou o inglês. Também vale alemão, e a língua local, o luxemburgano.

A noite continuamos com nossa “promenade”, vendo muitos monumentos, e, como sempre, não entrando em nenhum museu. Na manhã seguinte eu, Aline e Paulo pegamos o trem as 06h44 e voltamos pra Nantes. Isso era o que devia ter acontecido e estava nas passagens. A seguir o que aconteceu de verdade:

Logo cedo saímos do hotel e fomos passear pelos jardins da cidade, que queríamos ver de manhã. Almoçamos com calma, voltamos pro hostel pegar as malas, e chegamos cedo na Gare, 1 hora antes do trem das 15h. Só que esse era o da Patrícia e dos demais, e não o do meu grupo. Na minha cabeça, depois da saída um dia atrasada, nossa viagem era idêntica, e eu nem olhei os bilhetes.
Assim, quando percebi, fui, tensíssimo, até a caixa perguntar se tinha como trocar a passagem, o que podíamos fazer.

Ela disse que a passagem estava perdida, o que eu esperava. Não iríamos poder reembolsar pois estava depois da partida do trem. O que eu não esperava era ela falar na minha cara que não tinha mais viagens para Nantes naquele dia. Isso me assustou de um tal modo que a partir dalí eu não conseguia mais me concentrar direito. Enquanto isso a Aline já estava chorando, o que piorava minha situação. Quem me salvou foi o Paulo, que ficou calmo o tempo todo. Se não fosse ele eu não teria conseguido racionalizar pra encontrar uma solução.
Após muito estresse na máquina de bilhetes e uns três papos com a mulher do caixa, fora todo o estresse, acabamos fazendo um “pequeno desvio” de 150 euros por Lille, onde dormiríamos para pegar um trem cedinho no dia seguinte. Isso quer dizer que além do dinheiro, tempo e estresse, perdemos aulas.
Enfim, ficaríamos, após muito estresse com atrasos de trem e conexões feitas em 3 minutos, na casa do Luiz, nas Centrales. E fica aqui registrada minha indignação com a SNCB, companhia Belga de trens, que atrasa TODOS os trajetos. Só conseguíamos pegar as conexões porque os atrasos da saída do trem seguinte era sempre maior que o do que estava chegando, obviamente não planejado.

Depois de tudo isso, finalmente Nantes, pra começar a estudar de verdade (só que não).

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