Nada descreve melhor meu sentimento do que como me vi: voltando pra casa sozinho num tram de domingo. Quando entrei no trem, era eu quem os deixava, passando por onde eles estiveram por todo esse ano. Quando sai, era a vida que continuava, me deixando onde devia e seguindo seu rumo.
Saí hoje do cinema me sentindo um pouco mal. Não sabia se era algo no estômago por ter comido meio mal, se era alguma coisa de postura que estava me pegando de jeito... Só fui perceber o que era quando, ao me separar dos veteranos no caminho pra casa me peguei pensando demais quando o Maurício disse "Até amanhã". Uma frase cotidiana, à toa, mas, que foi ecoando na minha cabeça até me separar dos Joãos e do Zé em St. Mihiel.
Ao vê-los partindo na incerteza de uma próxima vez recomeçou a tocar na minha cabeça a mesma música que se repetia na última semana no Brasil. E então entendi que meu mal era um golpe de realidade que vem me arrebatar, mostrando tudo o que eu não queria ver.
A mistura de sentimentos que tenho cuidado não parava de borbulhar, como um guizado denso e suculento no qual apenas vemos alguns poucos pedaços vindo à superfície do líquido fumegante e voltando ao fundo do tacho, sem nunca ter certeza do todo que está ali. Quando finalmente abaixo um pouco o fogo e paro pra apreciar o prato, percebo quantas coisas lá dentro ainda não estavam cozidas. E que aumentar o fogo não o fez ficar pronto mais rápido, pelo contrário, tornou impossível saborear o que já estava no ponto.
A mistura de semana Ski, mudança de casa, viagens e a visita minha mãe, no grosso caldo da partida dos veteranos ficou um pouco indigesta. Olhando pro prato, não consigo degustar tudo o que queria. Ele ainda tem certas coisas que eu achei que estavam boas e que na verdade continuam precisando se dissolver pra deixarem gosto.
Nesse momento, esse guizado me faz lembrar de todos os outros que já provei com a mesma base. Dizem que a vida toda passa diante dos olhos quando morremos. Se for assim, essa sopa vai me fazer realmente muito mal, pois essa noite consigo ver cada despedida, cada adeus.
Saí hoje do cinema me sentindo um pouco mal. Não sabia se era algo no estômago por ter comido meio mal, se era alguma coisa de postura que estava me pegando de jeito... Só fui perceber o que era quando, ao me separar dos veteranos no caminho pra casa me peguei pensando demais quando o Maurício disse "Até amanhã". Uma frase cotidiana, à toa, mas, que foi ecoando na minha cabeça até me separar dos Joãos e do Zé em St. Mihiel.
Ao vê-los partindo na incerteza de uma próxima vez recomeçou a tocar na minha cabeça a mesma música que se repetia na última semana no Brasil. E então entendi que meu mal era um golpe de realidade que vem me arrebatar, mostrando tudo o que eu não queria ver.
A mistura de sentimentos que tenho cuidado não parava de borbulhar, como um guizado denso e suculento no qual apenas vemos alguns poucos pedaços vindo à superfície do líquido fumegante e voltando ao fundo do tacho, sem nunca ter certeza do todo que está ali. Quando finalmente abaixo um pouco o fogo e paro pra apreciar o prato, percebo quantas coisas lá dentro ainda não estavam cozidas. E que aumentar o fogo não o fez ficar pronto mais rápido, pelo contrário, tornou impossível saborear o que já estava no ponto.
A mistura de semana Ski, mudança de casa, viagens e a visita minha mãe, no grosso caldo da partida dos veteranos ficou um pouco indigesta. Olhando pro prato, não consigo degustar tudo o que queria. Ele ainda tem certas coisas que eu achei que estavam boas e que na verdade continuam precisando se dissolver pra deixarem gosto.
Nesse momento, esse guizado me faz lembrar de todos os outros que já provei com a mesma base. Dizem que a vida toda passa diante dos olhos quando morremos. Se for assim, essa sopa vai me fazer realmente muito mal, pois essa noite consigo ver cada despedida, cada adeus.
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