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Um dia sem Câmera

E ontem foi meu primeiro dia de verdade em Lyon. Acordei as 6h30 p tomar café e chegar a tempo na escola pro teste de nivelamento ( que era às 8h ). Lá fui eu, peguei metrô, andei um pouco e lá estou, no meio de mais uns 30 estrangeiros.  Na sala da escola tinha mais 3 brasileiros da UFF, mas eles estavam em outra mesa e acabei mal falando com eles.[3]


Após um tempão desconcertado e meio perdido, encontro o Dello, e finalmente fico um pouco mais sossegado. Cara, como é bom encontrar os brasileiros por aqui! Tanto eu como ele fomos mandados pra turmas com aulas a tarde, a partir das 13h30 ou 14h30 dependendo do dia. Como não eram nem 10h, tínhamos q esperar até a tarde. Enquanto decidíamos o que fazer, encontramos o outro Brafitec que está fazendo o curso lá no Lyon Bleu, o Coquinho.[5]


Ainda de manhã, eu e o Dello fomos fazer o reconhecimento da área. Andando por alí acabamos passando o Rhône - um dos rios que corta a cidade. Ainda tem um outro chamado Saone que corta a cidade do outro lado. Não passeei por lá ainda. - e chegamos no centro da cidade. Passamos na frente de trocentas igrejas  trocentos lugares que pareciam igrejas, mas todos eram ou a antiga prefeitura, antigo hospital, antigo qualquer coisa, menos igreja. Só achamos uma igreja, e nem foi no centro. 


Durante a caminhada encontramos uma loja de celular e compramos um chip, com um pouco de dificuldade. A mulher não sabia o que era "chip" e foi bastante mímica até a gente conseguir que ela entendesse o que a gente queria. Mas depois disso foi fácil. 


Continuamos caminhando, e achamos uma praça bem grande, com um lago meio sujo. A praça parecia bem comum e tudo o mais, mas de repente tinha um carro passando bem no meio dela. Eu perguntei à noite pra Larissa (logo chego lá), e parece que tudo vira rua mesmo. Ela disse que um dia tava tirando foto pra um grupo de turistas e quando olhou pro lado tinha um carro quase atropelando ela.


Após muito tempo andando, perto das 13h decidimos ir comer. Paramos num SUBWAY, achando que ia ser fácil porque a gente sabia como funcionava. Qual não foi o nosso engano!! E pra pedir as coisas todas em francês? afinal, aqui eles não te falam as opção como no Brasil. A mulher pega o seu pão, pergunta o que você quer e espera resposta. Foi bem engraçado, e no fim, CLARO, deu tudo certo.


Depois disso fomos pra aula de Francês, que foi um pouco parada. A turma não tem nenhum entrosamento ainda, e fica bem difícil se comunicar com gente de 7 países diferentes sem poder usar o inglês como parâmetro comum. Acho que com o tempo a gente se acostuma e logo, logo vamos estar falando mais que puta em dia de chuva radialistas.


Depois cada um voltou pra sua casa, pensando em fazer um rolê depois. Entrei no face e gritei os brasileiros todos pra ver quem topava sair. Não deu 2 min recebi a ligação do pessoal de Vichy, maior sucesso. E do pessoal realmente quer dizer pessoal, afinal estávamos numa conferência de 5 pessoas!! Tava uma putaria no telefone divertidíssimo conversar com todo mundo, fiquei muito feliz de falar com todos eles! 


Após uma hora no telefone com eles, volto a planejar minha noite no face. A princípio o plano era só sair pra jantar, mas como dos brasileiros que eu conhecia a única que tava afim era a Larissa, festeira que nem eu, obviamente não paramos por aí. Me encontrei com ela no metrô perto de casa e fomos jantar no centro antigo de Lyon. [6]

A partir daí destrambelhou e eu encontrei trocentos brazucas! Mas só vou contar como no próximo post!



Nota: 
1) Desde já aviso que ontem eu andei sem a câmera e portanto vou ser obrigado a voltar nos lugares pra tirar fotos! 
2) Não quero nem saber, só vou explicar os números entre "[ ]" quando terminar a contagem.














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